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As seculares paredes de granito do claustro da Colegiada da Oliveira são o ponto de partida para a exposição da artista plástica Conceição Abreu que, a partir de 19 de julho, apresenta as suas criações têxteis no Museu de Alberto Sampaio.
A exposição, intitulada “Da estratificação do tempo”, é constituída por dois desenhos de grande escala que apresentam uma mistura de elementos vegetais e um conjunto de malhas tricotadas em fio de cânhamo, uma fibra natural cuja cor acompanha certas tonalidades de granito, a matéria que compõe o claustro. O trabalho inclui também lã, na forma de restos provenientes de obras anteriores e que habitavam ainda o seu atelier.
“Desenhos e malhas, traços e fios que se sobrepõem e se entrelaçam e que mapeiam um espaço-tempo relacional” é o que propõe a artista, nascida em Sintra em 1961, cuja prática artística se desenvolve na relação com o meio em que se insere.
Conceição Abreu vê nas diferentes camadas construtivas existentes no claustro – e que um olhar mais atento facilmente identifica – uma espécie de manta de retalhos, ou patchwork, que inspirou as obras que serão agora exibidas.
A exposição é inaugurada no dia 19 de julho, à noite, e pode ser vista até 28 de agosto no claustro do MAS.
BIOGRAFIA
Conceição Abreu (Sintra, 1961). Artista plástica e investigadora. Vive e trabalha em Lisboa. Doutorada em Arte e Design pela FBAUP (2018). Mestre em Arte Multimédia-Fotografia pela FBAUL (2012). Licenciada em Dança (2010) com Bacharelato (1989) pela Escola Superior de Dança de Lisboa. Projeto Individual Pintura (2000) Escola Ar.Co. Estudos Completos de Pintura (1998) Escola Ar.Co.
Expõe regularmente desde 1999, e está representada em diversas coleções em Portugal e no estrangeiro.