Cálice e patena
Autor: Desconhecido
Data: 1187
Material: Prata dourada
Dimensões (cm): cálice – alt. 16,5 x diâm. 15,5; patena – diâm. 19,4
Inscrição: + E: M: CC: XXV: REX: SANCI: ET REGINA: DULCIA: OFFERUNT: CALICEM: ISTUM: STE: MARINE: DE: COSTA
Proveniência: Guimarães, Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira
N.º de Inventário: MAS O 35 e MAS O 40
Cálice de base circular decorada com florões, alternando com leões rampantes, que podem simbolizar a ação salvadora de Cristo e o seu poder espiritual.
Em torno da base do cálice está inscrita a legenda que atribui a data e os régios doadores: “+ E: M: CC: XXV: REX: SANCI: ET REGINA: DULCIA: OFFERUNT: CALICEM: ISTUM: STE: MARINE: DE: COSTA” (Em 1225 – 1187 da era cristã – o Rei Sancho e Rainha Dulce oferecem este Cálice a Santa Marinha da Costa). Note-se que a data da legenda – 1225 – nos remete para a Era de César, que vigorou até ao século XV.
Patena de bordo liso e de fundo escavado em seis lobos arredondados. Ao centro, isolada, no interior de um círculo, pode ver-se, gravada, a Mão de Deus, sobreposta a uma cruz preenchida com um reticulado, numa alusão à união entre o Pai e o Filho Crucificado.
Classificados como Tesouros Nacionais, este cálice e a patena constituem um conjunto doado pelos reis Dom Sancho I e Dona Dulce de Aragão ao Mosteiro de Santa Marinha da Costa, por ocasião do nascimento de um filho, eventualmente Dom Pedro.
Com a extinção das Ordens Religiosas passou para a posse da Irmandade das Almas da Freguesia da Costa. Ao findar do século XIX deu entrada no Museu de Arqueologia Cristã da Colegiada de Guimarães.