Calvário
Autor: Desconhecido
Data: ca. 1560
Material: Óleo sobre madeira de castanho
Dimensões (cm): alt. 162,5 x larg. 142
Proveniência: Guimarães, Igreja de Nossa Senhora do Carmo
Proprietário: Guimarães, Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo
N.º de Inventário: MAS PD 14
Esta pintura organiza-se em torno da figura de Cristo crucificado e segue os princípios da simetria: de ambos os lados de Cristo representa-se o mesmo número de anjos, em posições muito idênticas, que recebem o sangue das suas chagas. Também a distribuição das sete espadas e a forma de dispor os volumes rochosos do fundo testemunham a mesma simetria.
À direita de Cristo encontra-se a Mater Dolorosa e, do outro, em posição idêntica, São João Batista. A Virgem Maria aparece com o coração trespassado por sete espadas, representação conhecida como a Virgem das Dores, uma alusão à dor e sofrimento pela morte do Seu Filho.
São, de acordo com Dalila Rodrigues, soluções compositivas pouco criativas e caraterizadas até por certa ingenuidade, destacando-se as incorreções anatómicas dos anjos esvoaçantes bem como a incongruência presente na sobreposição das rochas e do túmulo ao fundo. Aponta, assim, o periferismo artístico da oficina criadora desta pintura.
O Calvário é um dos episódios da vida de Cristo referido por todos os evangelistas, sendo também um dos temas frequentemente explorado artisticamente.