Anjos tocheiros
Autor: Ambrósio Coelho (entalhe) e Manuel Gomes de Andrade (douramento e pintura)
Data: Século XVIII (entalhe – 1731 – 32; douramento e pintura – 1733)
Material: Madeira de carvalho
Dimensões (cm): alt. 226,5 x larg. 91,5 x prof. 72 (MAS E 7) e alt. 224 x larg. 107 x prof. 72 (MAS E 8)
Proveniência: Guimarães, Convento de Santa Clara
N.º de Inventário: MAS E 7 e MAS E 8
Trata-se de um par de figuras monumentais, simétricas, sem asas, que vestem trajes com panejamentos agitados e amplos. Os tecidos são estofados imitando panos de grande qualidade, lavrados a ouro. Usam um toucado de plumas na cabeça sobre um penteado elegante e trazem uma espécie de couraça de guerreiro e botas altas fechadas, lembrando que são os guerreiros sagrados e os protetores da corte celeste, mas apresentando modos distintos e de galanteria. As suas mãos esquerdas encontram-se apoiadas em volutas que encimam cartelas com os seguintes dizeres: “TU SOLOS DOMINUS” (MAS E 7) e “TU SOLUS SANCTUS” (MAS E 8).
São um exemplo de monumentalidade e elegância, que complementava a deslumbrante talha barroca da capela-mor do Convento de Santa Clara.
Os anjos tocheiros ou anjos candelários são figuras, com ou sem asas, que podem ser dispostas aos pares, isoladas ou integradas nos altares de talha, sendo imagens frequentes nas igrejas portuguesas.