Bancos de espaldar
Autor: Desconhecido
Data: Século XVIII
Material: Madeira de castanho e veludo
Dimensões (cm): alt. 76 x larg. 49 x comp. 225,5
Proveniência: Guimarães, Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira
N.º de Inventário: MAS M 27, MAS M 28, MAS M 29, MAS M 30, MAS M 31, MAS M 32, MAS M 33 and MAS M 34
Conjunto de oito bancos, com espaldares rebatíveis, estofados de veludo escarlate no assento e no costal, e decorados com pregaria em bronze.
Em 1782, o cabido da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira encomendou novamente bancos em Braga. Coube ao marceneiro (emxambrador, como é designado no contrato) Luís Custódio, executar um conjunto de oito bancos de espaldar (MAS M 27 a MAS M 34), em substituição dos anteriores de moscóvia. Estes móveis constituem um dos poucos casos perfeitamente documentados, desde o assento do cabido determinando a sua execução, a 7 de fevereiro de 1782, passando pelo contrato de obra datado, de 17 de fevereiro do mesmo ano (com uma descrição dos móveis a executar), até ao transporte de Braga para Guimarães, passando por uma série de notas de despesa – rol da pregaria lavrada e dourada que ainda hoje ostentam, da pintura e douramento das molduras, gastos com o estofo e respetivo revestimento de veludo com um sirgueiro de Braga –, entre outras.
Executados quando o gosto neoclássico se começava lentamente a impor em Portugal, estes bancos revelam a permanência de modelos anteriores, nomeadamente as pernas curvas com joelhos algo volumosos, usados desde a primeira metade do século XVIII.