Horário: De terça a domingo, das 10h00 às 18h00. Claustro encerrado devido a obras de requalificação.

Relicário do Santo Lenho

 

Relicário do Santo Lenho

Autor: Desconhecido

Data: Século XVI – XVII

Material: Prata dourada e vidro

Dimensões (cm): alt. 45 x larg. 20,8 x prof. 13,3

Proveniência: Guimarães, Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira

N.º de Inventário: MAS O 25

Este relicário tem uma base oval de dois níveis, o primeiro decorado por querubins e o segundo por acantos. A haste é em forma de balaústre com um nó decorado de acantos. A cruz, que guarda um pedacinho da madeira da cruz em que Cristo foi crucificado, está inserida numa moldura oval a qual se encontra rodeada por um resplendor composto de raios lisos e flamejantes.

Esta relíquia do Santo Lenho foi oferecida à Colegiada de Guimarães pelo arcebispo de Braga, Frei Agostinho de Castro que a tinha trazido da Boémia. Este arcebispo recebera esta relíquia do embaixador espanhol Dom João de Borja, irmão de São Francisco de Borja, que, por seu turno, a recebera das mãos da imperatriz Dona Maria.

Esta relíquia vinha inserida numa pequena cruz de prata dourada que foi, posteriormente, colocada dentro deste ostensório relicário, mandado fazer pelo prior Dom João Lobo de Faro (1642 –1655).

Esta nova tipologia de relicários, que se afasta dos modelos medievais das arcas fechadas, começou a aparecer em Portugal no século XVI e segue as normas saídas do Concílio de Trento (1545 – 1563) aplicadas às alfaias litúrgicas: a de guardar e ostentar as relíquias dando origem a este tipo de relicários.