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Patrícia Geraldes é a mais recente convidada do Guimarães Project Room e apresenta, no claustro do Museu Alberto Sampaio, a instalação escultórica “Água, da serra, sombra, na pedra”, de 3 de maio a 21 de junho.
Patrícia Geraldes nasceu em 1980 e é licenciada em Pintura. O foco da sua investigação artística é a relação ancestral entre a Humanidade e a Natureza, utilizando materiais naturais encontrados em florestas, montanhas e praias, mas também materiais cheios de história que caíram em desuso nas últimas décadas, como a lã, o linho e o vime.
Em “Água, da serra, sombra, da pedra”, a artista usa meadas de linho e hastes de ferro, mas, como é sublinhado na nota enviada à imprensa, a instalação “é, porventura, extensível a outras matérias que no espaço lhe poderão estar associadas, não sendo fácil, na sua prática e nos resultados que tem vindo a apresentar, identificar quer uma ação humana intencional quer os seus limites – parecendo ser antes um movimento espontâneo das coisas ditas ‘naturais’ no seu devir regenerativo e expansivo”.
A ruralidade que a artista convoca localiza-se na região onde viveu a sua infância – Trás-os-Montes, na zona do Douro Internacional, onde o rio define a fronteira de Portugal com Espanha –, constituindo-se de vivências pessoais, práticas e ofícios e saberes populares que foi recolhendo.
Nota biográfica
Patrícia Geraldes vive e trabalha entre o Porto e a aldeia de Picote, em Trás-os-Montes. Licenciada em Pintura pela FBAUP, tem vindo a desenvolver um corpo de trabalho que parte da linguagem do desenho e se desdobra em peças de escultura e instalação.
O foco da sua investigação artística é a relação ancestral entre a Humanidade e a Natureza, utilizando materiais naturais encontrados em florestas, montanhas e praias, mas também materiais cheios de história que caíram em desuso nas últimas décadas, como a lã, o linho e o vime, acompanhando o processo de tosquia das ovelhas e o ciclo de produção do linho.
Nos últimos anos tem desenvolvido instalações que evocam noções de sustentabilidade e ancestralidade.
Para além da sua investigação pessoal, tem realizado residências artísticas nas quais desenvolve projetos de intervenção e de arte e comunidade, nomeadamente na Índia no Sunaparanta Center for the Arts, em Roma através da plataforma Magic Carpets na Latitudo Art Projects e no Museu Vostell em Malpartida de Cáceres através do programa Peninsulares. É co-fundadora do coletivo CampaNice, um estúdio de criação e programação independente no Porto e diretora artística do projeto ‘Encontros da primavera’, antropologia, arte, cinema e território em Picote.